Já é Natal. As aulas acabaram e os dias de bobeira finalmente chegaram, mas vou tentar manter o blog ativo mesmo assim. Afinal, ele ainda não completou um ano de serviço e, portanto, não tem direito a férias. Mas como quem vos escreve pretende não pensar muito por dois meses, vou ir postando textos e matérias já prontas. Este sobre Todos os Homens do Presidente, por exemplo, foi feito para a cadeira de Assessoria de Imprensa I. Escrevi em cima da hora na ocasião, então, por favor, perdoem as informações jogadas de qualquer jeito e, principalmente, o final clichê. Eu até arrumaria, mas, como eu disse, os dias de bobeira finalmente chegaram.
O texto:
Episódios verídicos normalmente levam certo tempo até serem adaptados para o cinema de ficção. Produtores e diretores preferem que alguns anos transcorram entre o fato e sua versão cultural: a poeira já baixou, o pessoal já esqueceu e então o caminho fica livre para o triunfo em defesa da memória. Nada de errado em seguir essa regra, mas é necessário coragem para ser a exceção: característica perceptível em Todos os Homens do Presidente, filme que não só suscita a memória nos dias de hoje, como também serve de exemplo (sem prazo de validade) para jornalistas ao redor do mundo.
O longa-metragem, que retrata a conturbada saga verídica vivenciada por dois repórteres do Washington Post enquanto cobriam o caso Watergate, em 1972, foi lançado apenas quatro anos após o fato. Um período curto ainda mais se levarmos em conta a magnitude do escândalo: abalou toda a estrutura do segundo governo do republicano Richard Nixon e culminou com a renúncia do presidente. A audácia do produtor Walter Coblenz e do diretor Alan J. Pakula em realizar Todos os Homens do Presidente no calor da hora talvez tenha sido inspirada no próprio ímpeto dos repórteres, protagonistas da história e autores do livro que embasou o longa.
Retratados no filme como profissionais decididos, Carl Bernstein e Bob Woodward (Dustin Hoffman e Robert Redford, respectivamente) tiveram que defender a pauta perante os editores do jornal ao mesmo tempo em que apuravam informações driblando a lei do silêncio imposta pelo partido republicano aos seus membros. A persistência dos repórteres talvez tenha sido valorizada na versão cinematográfica, mas com certeza foi decisiva para o futuro daquela reportagem.
Não tive a oportunidade de assistir ainda (pra variar)… mas, com essas tuas críticas, a tentação cresce 100%!
Por favor, faz áudio ou vídeo com as tuas críticas!!! Eu te ajudo! ehehe
Eu ainda tenho que assistir esse. Vou ver se alugo antes das aulas começarem. Abraço! Bom fim de férias.